Os profissionais de pet shop também deveriam se vacinar contra a raiva.

Você já reparou na quantidade de pet shops na cidade? Estão por todos os lados. Também pudera, né? Li em uma reportagem que, em 2013, eram mais de 52 milhões de cães nos domicílios brasileiros. Uau! São mais cachorros de estimação que crianças. Mas quem tem um bichinho desses sabe que eles requerem cuidados. Além de alimentação, medicamentos e vacinas, há também que reservar uma parte do orçamento para o “coiffeur” (vulgo banho e tosa).

Os cachorros da minha amiga Cristiane são os mais belos que eu já vi. Possuem uma pelagem brilhante, macia e sedosa. Na rua, não há quem não se encante com eles e não pergunte o que ela faz para deixá-los assim.

Certo dia, o pet shop aonde ela sempre leva seus cães estava sem horários disponíveis. Então, ela decidiu levá-los a um outro, mais simples, perto da sua casa. Mas, na hora de pagar, Cristiane se surpreendeu com o preço, e fez o seguinte comentário:

– Olha, o preço de vocês está 20% mais caro que o do pet shop ao lado.

Nesse momento, assistiu-se a uma transformação na personalidade da proprietária do estabelecimento. Começou com um leve enrubescimento nas bochechas, e em segundos transformou os globos oculares em bolas de fogo. Havia sangue nos olhos. E, com as narinas dilatadas devido à ofegante respiração, a senhora, se segurando para não saltar do balcão em direção à jugular da minha amiga, disse:

– Não aumentamos o preço há dois anos, e você está reclamando?

– Olha, foi só um comentário! Achei que, talvez, vocês fossem gostar de saber o que acontece no mercado desse bairro.

– Cada um leva o seu cachorro onde quiser. – respondeu a proprietária.

E começaram a discutir. Até que Cristiane se retirou e prometeu a si mesma nunca mais levar seus cães àquele lugar. Além de ser mais caro, tem gente despreparada para lidar com o público.

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É, Cris. Infelizmente, esse estabelecimento perdeu uma grande oportunidade. Primeiro, a informação do que acontece na concorrência é valiosa para qualquer negócio. Ela poderia fazer uma adequação na tabela de preço, ou apontar algum diferencial que justificasse o preço mais alto (se esse diferencial existir, é claro). Mas nunca, de forma alguma, discutir e desmoralizar o cliente.

O preço é importante, sim. Mas a qualidade do atendimento pode ser ainda mais. É o que diz um trecho do livro O excepcional atendimento ao cliente, de Lisa Ford, David McNair e Bill Perry:

“Os clientes querem pagar um preço justo, mas estão dispostos a pagar um pouco mais pela qualidade – que pode ser definida como o excepcional atendimento ao cliente.”

E você? Tenho certeza de que não abre mão de determinado prestador de serviço (mesmo que seja um pouco mais caro) por se sentir valorizad@, certo?  Conte aqui sobre um serviço que vale cada centavo!

Assim como todas as outras do blog, esta é uma história verídica. Ela aconteceu com Cristiane Nano, em 2017.  

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